sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A Abadia de Northanger


Boa noite, queridas leitoras!

Acredito que todas as mulheres desse planeta, que tenham acesso livre à televisão e à internet, já tenham ouvido falar, lido algum livro, assistido algum filme que foi inspirado ou ainda um documentário, sobre os livros e a vida de Jane Austen (1775 - 1817). Talvez você até ache que não, ou não saiba, mas, provavelmente você se identifica em algum desses quesitos. Como meu livro da semana quero apresentar-lhes o primeiro livro escrito por Jane, mas que só foi publicado em 1818, após a morte da escritora - Northanger Abbey, ou "A Abadia de Northanger". O livro é tido por críticos como uma paródia às literaturas góticas, histórias de terror, suspense e mistério que ocorrem em castelos em ruínas, construções abandonadas, com morcegos, fantasmas e etc. Muito populares desde aquela época, Jane parece ter sido levada à escrever uma espécie de crítica a tais contos. Nossa heroína da vez é Catherine Morland. Na verdade, Catherine é heroína por ser a principal personagem da trama e porque Jane afirma isso no livro (rsrsrs), maaaas ela não possui nenhuma das qualidades que conhecemos das grandes mulheres dos romances clássicos. 

A foto não ficou das melhores, mas foi o melhor que minha câmera pôde captar \o/

Jane a descreve com pouca formosura (ou seja, beleza mesmo) e com uma imaginação tão fértil que causa risadas no leitor ao longo de pensamentos tão impossíveis, estes causados por todos os romances góticos que leu. Mas acima de tudo, possui o pior defeito que uma heroína pode ter - Catherine é muito ingênua. Ela não é pobre, mas possui muitas limitações financeiras, ainda mais com outros 9  irmãos (isso mesmo, NOVE irmãos). Mas aos 17 anos, viaja à cidade litorânea de Bath com um casal de amigos vizinho de sua família. Lá, nossa protagonista encontra alguém que mexe com seu coração, Henry Tilney. Apesar de alguns contratempos, ela fica amiga da família Tilney e é convidada para passar alguns dias na abadia "mal assombrada" onde a família vive. Não vou abrir mais da história para instigar vocês a lerem o livro. O que posso afirmar é que Jane Austen escreveu esta obra com tanta maestria, inteligência e diversão que é impossível não se apaixonar e rir dos desencontros de Catherine. Jane se comunica, literalmente, com os leitores (algo que não percebi em outros livros dela) e a sua sinceridade e crítica à sociedade inglesa de seu tempo dá um toque a mais à esta obra fabulosa. Mas não se enganem, minhas queridas, foi um dos romances mais "ao avesso" que já li...rsrsrs - Boa leitura!


A edição lida foi da Coleção L&PM Pocket com tradução de Rodrigo Breunig e Apresentação de Ivo Barroso.

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